O Centro de Medicina Preventiva e Esportiva – CEMPRE e sua equipe multidisciplinar além de atuar na saúde clínica e ortopédica de praticantes de atividades físicas, trabalha a preparação de atletas de elite. O Centro realiza vários procedimentos que auxiliam na melhora dos resultados. Testes como o Ergoespirométrico e o Performance Muscular Respiratória (PMR) ajudam o atleta a treinar melhor e dentro de zonas específicas para que ocorra um ganho mais rápido. A preparação psicológica é outro ponto importante que também é trabalhado com os atletas.

Paulo Eugênio, um dos fisiologistas do CEMPRE, explica que a partir do exame da PMR é possível iniciar o treinamento muscular inspiratório, e isso pode melhorar significativamente a performance de atletas de elite. “O exame verifica a função muscular respiratória. O atleta quando treina esta musculatura melhora a eficiência destes músculos, retarda o aparecimento do metaborreflexo dos músculos inspiratórios e diminui a percepção de falta de ar. Quanto mais forte, os músculos inspiratórios, menos falta de ar o atleta sente, existe uma relação entre estímulo cerebral e contração muscular, esta última se torna mais eficiente”, diz.

Segundo o fisiologista, outro ponto importante analisado no exame PMR é o metaboreflexo dos músculos respiratórios. “Toda vez que alguém está treinando, fazendo qualquer atividade física, a musculatura respiratória começa a fadigar, é desencadeado um estímulo do cérebro que faz vasoconstrição nas artérias dos membros em movimento, desviando este sangue para a musculatura respiratória. Então, por mais treinada que seja as pernas de um maratonista, uma vez ocorrendo a fadiga dos músculos inspiratórios, o fluxo de sangue será reduzido para estes membros e o rendimento irá cair. O músculo respiratório só é treinado com estratégias específicas por meio de resistores inspiratórios, por exemplo, o Power Breath”, declara Paulo Eugênio.

Atualmente, os atletas têm percebido que não basta trabalharem apenas o preparo físico, é preciso também treinar o psicológico nas competições. De acordo com a Psicóloga do Esporte do CEMPRE, Dra. Luciana Castelo Branco, uma boa preparação psicológica auxilia o atleta a ter um bom desempenho nos treinos e competições. “É feita uma avaliação no atleta para traçar o diagnóstico esportivo. Eu aplico testes psicológicos, tanto gerais quanto de personalidade e outros específicos para o esporte (controle da ansiedade, estabelecimento de metas, atenção e concentração). Com isso terei mais precisão de quais são os pontos dos fatores psicológicos que o atleta precisa melhorar”, diz a doutora.

                                                        Da direita p/ à esquerda: Dra. Luciana Castelo Branco, a judoca Érika Miranda e os fisiologistas Paulo Eugênio e Manoel Benício.

A vice-campeã mundial de judô, no Rio de Janeiro em 2013, a judoca Érika Miranda, em visita recente ao CEMPRE, falou sobre a importância do acompanhamento psicológico que realiza com a Dra. Luciana Castelo Branco. “Desde que comecei o treinamento psicológico consegui eliminar problemas como a ansiedade e nervosismo. Hoje, eu tenho uma ansiedade positiva, que me faz ir para frente, não me atrapalha”, declara a judoca. Segundo a Dra. Luciana, é trabalhado com a atleta a ansiedade pré-competitiva, ou seja, ansiedade que aparece no momento da competição. “Ela faz exercícios mentais diários para que tenha controle da parte psicofisiológica e os resultados vão aparecendo nos treinos e competições”, explica.

A judoca Érika aproveitou a visita para realizar os testes de PMR e Ergoespirométrico com os fisiologistas Paulo Eugênio e Manoel Benício. “Aumentar em 5% a minha capacidade, isso no judô é muito! Ainda bem que tenho tempo para 2016”, diz a atleta. Para o fisiologista, Manoel Benício, embora o judô seja uma atividade predominantemente anaeróbica, se o judoca tem um condicionamento aeróbio debilitado, ele irá cansar mais rápido, porque entre um ataque e outro ele tem que respirar, se recuperar. “Nós vamos analisar o laudo do teste dela para que de acordo com os resultados possamos prescrever o melhor exercício, a melhor carga de trabalho. No atleta de alto rendimento, a diferença é muito pequena entre o primeiro e o segundo colocado”, declara o fisiologista.

Serviço
Centro de Medicina Preventiva e Esportiva - CEMPRE
(61) 3328-0016

Por Cássia Borges
Assessora de Comunicação