Para tirar todas as dúvidas

Com palestras e depoimentos, a equipe multidisciplinar de tratamento da obesidade do HOME tira as dúvidas sobre cirurgia bariátrica

“Fazer a cirurgia foi a melhor coisa que fiz na minha vida. Na verdade, bom teria sido não engordar, mas já que aconteceu, operar foi a melhor decisão”. A psicóloga Daniela Silva Chianca foi uma das que dividiu a experiência de ter feito a cirurgia bariátrica na reunião mensal da Gastrobesi, no Pronto Atendimento do HOME. A programação envolve depoimentos e explicações a quem tem dúvidas sobre o procedimento. É voltada para pacientes, familiares e amigos.

 

Primeiro, uma breve aula a respeito do tema. O Dr. Túlio Marcos Cunha, cirurgião bariátrico, esclarece os pré-requisitos para se candidatar a cirurgia e explica como é realizado o procedimento, o pré e o pós operatório. Segundo ele, o procedimento é apenas um evento dentro de todo o tratamento, que envolve profissionais de diversas especialidades, pois é preciso tratar a doença em todas as suas facetas. Leia: Cirurgia Bariátrica.


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No Pronto Atendimento, a reunião da Gastrobesi, acontece toda última quarta-feira do mês

 

A psicóloga Daniela Silva Chianca é uma das integrantes da equipe multidiscliplinar e é, ela mesma, operada. Chegou apesar 108 Kg, tinha pressão e colesterol altos, além de o excesso de peso ter lhe proporcionado quatro hérnias na coluna. Operar mudou sua vida e hoje ela se especializou e ajuda quem passa pelos mesmos problemas.

 

Ela explica que o acompanhamento psicológico começa no pré operatório, quando avalia se o paciente possui algum quadro depressivo ou psiquiátrico grave, que impede a realização da cirurgia. Além disso, começa o trabalho contra a ansiedade. “A obesidade, geralmente, é advinda de um quadro de ansiedade. Vamos trabalhar essa ansiedade e, depois da cirurgia, ver para onde ela vai”, diz.

O pós operatório é o mais delicado, é quando se precisa de mais disciplina e paciência. A ansiedade pode ser transferida para outros hábitos, que podem ser bons ou não. “Buscamos então a fonte dessa ansiedade, ninguém é ansioso de graça”.

 

Outro aspecto que deve ser observado é como o paciente está lidando com o novo corpo. A perda de peso ocorre, mas em ritmos diferentes de uma pessoa para outra. Para aqueles em que a perda é mais vagarosa, o desespero é maior, aí entra a paciência. A psicologia ajuda nesse processo.

 

A psicóloga Paula Luciano, também integrante da equipe, acrescenta que depois da cirurgia a pessoa sofre uma transformação: “Não é só ganho de saúde, é promoção de auto conhecimento. A pessoa entra em contato com as condições que proporcionaram a doença e descobre a melhor maneira de lidar com elas e manter os resultados na operação”.


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A equipe multidisciplinar é formada (da esquerda para a direita) pela psicóloga Daniela Chianca, pelo cirurgião bariátrico, Dr. Túlio Marcos, pela nutricionista Roberta Telles e pela psicóloca Paula Luciano

 

Além da Psicologia, a Nutrição exerce papel fundamental no tratamento multidisciplinar.  A responsável é a nutricionista Roberta Telles Conejo. A dieta varia de acordo com a técnica cirúrgica e a necessidade de cada um. Uma pessoa operada pode chegar a perder 80% do peso. No entanto, esse processo pede uma revisão dos hábitos alimentares. É preciso ter uma alimentação balanceada, com as vitaminas necessárias para que o paciente não tenha complicações. Roberta explica que não há restrições para quem é operado, pode-se comer de tudo. Mas alerta: os cuidados nunca acabam. A quantidade diminiu, come-se de três em três horas, faz-se atividades físicas. Hábitos que devem seguir para o resto da vida.

 

E Roberta pode falar com propriedade, ela mesma se submeteu à cirurgia para tratar a obesidade. “Nunca tem uma alta definitiva, tem que estar sempre cuidando de si. Costumo dizer no meu consultório: ‘Comer para viver e não viver para comer’”. O acompanhamento é feito de quinze em quinze dias antes e depois da cirurgia e vai espaçando conforme cada caso.

 

Após as orientações da equipe, quem passou pela cirurgia bariátrica, relata a experiência.

 

Meu filho não me reconheceu em foto


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Letícia e o filho, Samuel, de 4 anos de idade

 

Letícia de Oliveira Alves fez a cirugia de redução de estômago há 9 meses e já está satisfeita com o resultado. Dos 96Kg, já perdeu 32Kg. A decisão de opearar veio de um tombo. Ela estava andando de chinelo, acelerou um pouco e caiu. Teve que imobilizar perna e braço. Foi quando decidiu que queria mudar, que não estava bem. “A gente vai acostumando com o fato de estar gorda. A gente usa roupa maior e não vê problemas. Até o dia que emagrecemos e vemos que tudo era mesmo um problema”, diz.

 

Quando Letícia procurou o médico, estava certa do que queria. Conhecia muito bem as dificuldades pelas quais passaria e estava disposta a mudar todos os hábitos. Fez os exames e acompanhamentos necessários e seguiu à risca tudo que disseram os médicos, mesmo que isso significasse sacrifícios. “Logo depois de ser operada, quando recebi alta, minha mãe comprou uma costela. Eu ainda estava na dieta líquida. Olhei, respirei o tempero e pronto, aquilo me satisfez”, conta. Hoje, magra, o filho, Samuel, nem a reconhece nas fotos antigas.

 

Letícia deixa um recado para quem deseja se submeter à cirurgia: “Tenha clareza do que você vai passar, porque ninguém vai fazer isso por você. Seguir uma dieta nos primeiros meses é fácil, mas você tem que manter isso. Porque não adianta nutricionista falar, você segue se quiser. Tomar essa decisão tem que partir de você mesmo. Foi a melhor coisa que fiz. Pra me sentir feliz e bem como estou hoje, faria dez vezes”.

 

Virei uma mãe presente


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Sandra, de salto, com o filho Henrique, de 1 ano e 6 meses, no colo

 

Sandra Lopes tem apenas 29 anos. Ela pesava 103 Kg, hoje perdeu 35 e a balança marca 68 Kg. A cirurgia lhe deu qualidade de vida, a mudança maior foi com o filho. “Consigo carregar ele no colo, de salto!”, diz contente a mãe que antes não conseguia brincar nem carregar Henrique, de apenas 1 ano e 6 meses. Sandra conta que antes de fazer a cirurgia sentia muita dor nas articulações. Não conseguia fazer exercícios físicos, nem que quisesse. Além disso, tinha vergonha de sair de casa: “Era como se eu estivesse mal vestida, mas era uma roupa que eu podia tirar”, diz.

 

Sandra fez todos os acompanhamentos e conta que reaprendeu a se alimentar. Se antes só comia “besteiras”, agora a salada é um componente frequente no prato.

 

Dormia sentada


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Elis Regina perdeu 33Kg, agora ela dorme tranquila

 

Elis Regina fez a cirurgia há 18 meses e perdeu 33Kg, dos antigos 105Kg. “Eu era daquelas para quem as pessoas olhavam já como quem diz: ‘ih, ela não vai passar ai, não vai caber’”. Para perder peso ela se submteu a vários medicamentos, tomava anfetaminas e não conseguia emagrecer. Assim como Sandra, ela não conseguia carregar ou brincar com o filho, “isso era com o pai”, conta.

 

Agora a vida melhorou. O sono melhorou. Por causa de refluxo, Elis era obrigada a dormir sentada. Coisa que ficou pra trás.

 

Serviço

 

A reunião acontece sempre nas últimas quartas-feiras do mês, às 19h30, na unidade de Pronto Atendimento do Hospital HOME. A entrada é livre.


Postado por Mariana Tokarnia - Assessora de Imprensa





 
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